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Foto do escritorRenato Corumbá

Se Deus decreta todas as coisas, então Ele é o autor do mal?



Qual é a relação de Deus e o mal que existe no mundo?


A Escritura diz:


"Quem poderá falar e fazer acontecer, se o Senhor não o tiver decretado?

Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos?

Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados"?

Lamentações 3:37-39


"Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Causarei uma tal desgraça em Jerusalém e em Judá que os ouvidos de quem ouvir a respeito ficarão zumbindo". (2 Reis 21.12)


"Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas". (Isaías 45.7).


"Talvez eles escutem e cada um se converta de sua má conduta. Então eu me arrependerei e não trarei sobre eles a desgraça que estou planejando por causa do mal que eles têm praticado". (Jeremias 26.3).


"Então diga: Assim Babilônia afundará para não mais se erguer, por causa da desgraça que trarei sobre ela. E seu povo cairá”. Aqui terminam as palavras de Jeremias". (Jeremias 51.64).


Estes são alguns textos que encontramos na Escritura que nos deixam perplexos, pois trazem a ideia de Deus sendo o autor das desgraças, dos males e dos sofrimentos que os homens enfrentam. No entanto, quando examinamos estas e outras passagens entenderemos que aquilo que enxergamos como mal, na verdade é o juízo divino, isto é, Deus aplicando a sua justiça sobre os homens rebeldes.


Ao estudarmos a Palavra de Deus vamos compreender que:


Deus causa atos maus por meio das ações voluntárias humanas para cumprir os seus propósitos, sem ser o culpado pelo mal, sem encontrar prazer no mal e sem tirar a responsabilidade humana.

Sobre este assunto, Wayne Grudem diz o seguinte:


“Para tratar desta questão, melhor é primeiro ler as passagens bíblica que mais diretamente a abordam. Podemos começar pela análise de várias passagens que afirmam que Deus, de fato, provocou acontecimentos maus e fez que se cometesse atos maus. Mas é importante lembrar que em todas as passagens fica bem claro que as Escrituras, em momento nenhum, retratam Deus fazendo diretamente algo mau; retratam, sim, Deus causando atos maus por meio das ações voluntárias das criaturas morais. Além disso, as Escrituras jamais culpam a Deus pelo mal, nem dão a entender que Deus encontra prazer no mal, tampouco desculpam aos homens o mal que cometem. Seja como for que compreendamos a relação da Deus com o mal, jamais devemos chegar ao ponto de não nos julgar responsáveis pelo mal que fazemos, ou de pensar que Deus encontra prazer no mal, ou é culpado dele. Tal conclusão contraria nitidamente as Escrituras”.


Deus é o autor do mal?

Não, porque a Escritura ensina que:

Deus jamais faz o mal e jamais deve ser culpado pelo mal.

Pelas seguintes razões:


Deus não pode ser culpado pelo mal que fazemos (Tg. 1.13,14).


“Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por Deus". Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta”.

Deus não tem prazer no mal e nele o mal não reside (Sl. 5.4).


“Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; contigo o mal não pode habitar”.

Deus não suporta e não tolera o mal (Hc. 1.13).


Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles”?

Deus não é o autor do mal (Jó 34.12).


Não se pode nem pensar que Deus faça o mal, que o Todo-poderoso perverta a justiça”.



Deus pode usar o mal para realizar o seu propósito?

Sim, a Escritura nos revela que:

Deus (indiretamente) provocou algum tipo de mal. Porém, o mal não foi realizado por ele, e sim pelos homens ou por demônios que decidiram fazê-lo.


A Bíblia nos mostra que:


Deus cumpriu o seu propósito por meio da maldade dos irmãos de José (Gn. 50.20).


Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos”.

Deus revelou o seu poder, a sua soberania e sua sabedoria por meio dos sofrimentos que Jó passou (Jó 1.12; 2.6,7; 42.1-6).


“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele’. Então Satanás saiu da presença do Senhor”.

“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele’.

Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça”.

“Então Jó respondeu ao Senhor: ‘Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Tu perguntaste: ‘Quem é esse que obscurece o meu conselho sem conhecimento?’ Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber. Tu disseste: ‘Agora escute, e eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá’. Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza’”.

Deus manteve o sofrimento de Paulo para livrá-lo do orgulho e fortalecê-lo espiritualmente (2 Co. 12.7-10).


Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar.

Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim.

Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.

Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte”.

Deus levou seu Filho para morrer na cruz pelos nossos pecados (At. 2.23).


“Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz”.

Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;

mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”.

Romanos 3:25,26

“Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida”!

Romanos 5:10

Deus endureceu os corações dos inimigos de Israel, pois queria destruí-lo totalmente (Js. 11.18-20).


“Josué guerreou contra todos esses reis por muito tempo.

Com exceção dos heveus que viviam em Gibeom, nenhuma cidade fez a paz com os israelitas, que a todas conquistou em combate.

Pois foi o próprio Senhor que endureceu os seus corações para guerrearem contra Israel, para que ele os destruísse totalmente, exterminando-os sem misericórdia, como o Senhor tinha ordenado a Moisés”.

A Palavra de Deus também nos revela que:

Deus usa o mal para castigar o seu povo pelos seus pecados.

Deus pode lançar mão de homens maus para castigar os desobedientes.

Deus enviou os Assírios para punir Israel (Is. 10.5,6).


“Ai dos assírios, a vara do meu furor, em cujas mãos está o bastão da minha ira!

Eu os envio contra uma nação ímpia, contra um povo que me enfurece, para saqueá-lo e arrancar-lhe os bens, e para pisoteá-lo como a lama das ruas”.

Deus pode lançar mão de catástrofes para punir os rebeldes.

Deus traz desgraça a uma cidade (Amós 3.6).


“Quando a trombeta toca na cidade, o povo não treme? Ocorre alguma desgraça na cidade, sem que o SENHOR a tenha mandado”?

Deus aplicou uma série de desastres naturais para levar o seu povo a voltar-se para Ele (Amós 4.6.11).


Fui eu mesmo quem deu a vocês estômagos vazios em cada cidade e falta de alimentos em todo lugar, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.

"Também fui eu que retive a chuva quando ainda faltavam três meses para a colheita. Mandei chuva a uma cidade, mas não a outra. Uma plantação teve chuva; outra não teve e secou.

Gente de duas ou três cidades ia cambaleando de uma cidade a outra em busca de água, sem matar a sede, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.

"Muitas vezes castiguei os seus jardins e as suas vinhas, castiguei-os com pragas e ferrugem. Gafanhotos devoraram as suas figueiras e as suas oliveiras, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.

"Enviei pragas contra vocês como fiz com o Egito. Matei os seus jovens à espada, deixei que capturassem os seus cavalos. Enchi os seus narizes com o mau cheiro dos mortos em seus acampamentos, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.

"Destruí algumas de suas cidades, como destruí Sodoma e Gomorra. Ficaram como um tição tirado do fogo, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR”.

Deus é o autor da desgraça quando aplica o seu juízo (Is. 45.7).


“Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas”.

"Agora, portanto, diga ao povo de Judá e aos habitantes de Jerusalém: ‘Assim diz o Senhor: Estou preparando uma desgraça e fazendo um plano contra vocês. Por isso, converta-se cada um de seu mau procedimento e corrija a sua conduta e as suas ações’”.

Jeremias 18:11

Quem poderá falar e fazer acontecer, se o Senhor não o tiver decretado?

Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos?

Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados?

Lamentações 3:37-39

A Bíblia Sagrada também nos revela que:

Deus é soberano sobre Satanás e sobre os espíritos malignos.

Podemos entender pela Escritura que:


Deus pode lançar mão de forças demoníacas para disciplinar os desobedientes.

Deus enviou um espírito maligno para atormentar Saul (1 Sm. 16.14-16).


“O Espírito do Senhor se retirou de Saul, e um espírito maligno, vindo da parte do Senhor, o atormentava.

Os funcionários de Saul lhe disseram: ‘Há um espírito maligno mandado por Deus te atormentando.

Que nosso soberano mande estes seus servos procurar um homem que saiba tocar a harpa. Quando o espírito maligno se apoderar de ti, o homem tocará a harpa e tu te sentirás melhor’”.

Antes de Deus enviar esse espírito maligno para atormentar Saul, a Escritura registra que Saul:

1) Abandonou e desobedeceu a Deus (1 Sm. 15.11,19).

2) Foi rebelde e arrogante (1 Sm. 15.23a).

3) Rejeitou a Palavra do Senhor (1 Sm. 15.23b).

A Escritura revela 5 fatos sobre o espírito maligno.

1) Ele foi enviado por Deus (1 Sm. 16.14).

2) Ele foi enviado para atormentar Saul (1 Sm. 16.14).

3) Ele foi identificado pelos funcionários de Saul (1 Sm. 16.15).

4) Ele se apoderava de Saul (1 Sm. 16.16).

5) Ele deixava Saul quando Davi tocava a harpa (1 Sm. 16.23).


“E sempre que o espírito mandado por Deus se apoderava de Saul, Davi apanhava sua harpa e tocava. Então Saul sentia alívio e melhorava, e o espírito maligno o deixava”.

(1 Sm. 16.23).

Deus por meio de Satanás incitou Davi a fazer o censo dos judeus para punir o povo pelos seus pecados.

A Escritura nos revela as três influências que desencadeou o censo do povo judeu:

1) Deus incitou Davi a fazer o censo dos judeus (2 Sm. 24.1).


“Mais uma vez, irou-se o Senhor contra Israel. E incitou Davi contra o povo, levando-o a fazer um censo de Israel e de Judá”.

2) Satanás levou Davi a fazer o censo dos judeus (1 Cr. 21.1).


“Satanás levantou-se contra Israel e levou Davi a fazer um recenseamento do povo”.

3) Davi foi o executor do censo dos judeus (1 Cr. 21.8).


“Então Davi disse a Deus: "Pequei gravemente com o que fiz. Agora eu te imploro que perdoes o pecado do teu servo, porque cometi uma grande loucura”!

Wayne Grundem fez o seguinte comentário sobre o censo que Davi fez do povo:

“Nesse incidente a Bíblia nos faz uma notável revelação sobre as três influências que contribuíram de modos diferentes para um só ato: Deus, a fim de cumprir os seus desígnios, agiu por intermédio de Satanás para incitar Davi ao pecado, mas as Escrituras responsabilizam Davi pelo pecado”.

Deus foi o autor, Satanás foi o instrumento e Davi foi o executor do censo para que o propósito divino fosse cumprido.

William MacDonald escreveu:

Deus permitiu que Satanás tentasse Davi. O Senhor não é o autor do mal, mas o permite e o usa para cumprir seus desígnios”.

Deus não é o autor do mal, porém permite e usa a ação de Satanás para cumprir seus planos.

Comentário Moody comenta sobre (2 Sm. 24.1):

“O autor das Crônicas (1 Cr. 21.1) refere-se à Satanás incitando Davi. Do ponto de vista bíblico, todas as coisas têm sua fonte primária em Deus. Até a ira do homem e Satanás acabam por cumprir os propósitos divinos”.

Deus é a fonte primária de todas as coisas, até sobre as ações de Satanás quando quer realizar um propósito.

Sobre (1 Cr. 21.1) o comentário diz:

“Por causa da antipatia de Satanás contra Israel e, em última análise, contra o Deus (cf. Jó 1.11; 2.5). O registro paralelo (2 Sm. 24.1) penetra mais profundamente na questão e mostra que Satanás não passou de um instrumento de Deus, sendo usado para executar o castigo que Israel merecia por causa dos seus pecados, possivelmente suas revoltas contra Davi, o ungido de Deus, que terminaram só com a morte de Seba antes de 975 a.C.”.

Portanto, Deus usou Satanás como instrumento para cumprir o seu propósito.

Comentário Bíblico Vida Nova diz:


“Em (1 Cr. 21.1), é mencionado a atividade de Satanás, mas o autor de Samuel está mais interessado em ressaltar o controle de Deus sobre todos os acontecimentos históricos”.

Deus tem o controle sobre as ações de Satanás e de Davi.

O Novo Comentário Bíblico AT diz:


“O comentário e “ele incitou a Davi” indica que as ações de Davi foram orientadas pelo Senhor, enquanto (1 Cr. 21.1) revela que o rei foi dirigido por Satanás. Estes comentários refletem dois aspectos do mesmo incidente.

Satanás instigou o espírito independente que conduziu Davi a numerar o povo, mas Deus permitiu que o diabo exercesse sua influência de forma que o poderoso plano divino pudesse realizar-se”.

Deus permitiu que Satanás incitasse Davi a fazer o censo para realizar o seu propósito.

O mesmo comentário diz o seguinte sobre (1 Cr. 21.1):

“Samuel atribuiu o impulso de Davi a fazer o censo do povo à vontade do próprio Deus (2 Sm. 24.1). A aparente contradição pode ser esclarecida reconhecendo-se que, como Satanás é o autor de todo o mal, ele não poderia exercer suas más intenções sem a permissão de Deus. Logo, o Senhor podia usá-lo na realização dos seus propósitos de julgamento (1 Rs. 22.19) ou de disciplina (como nesta ocasião, com Davi)”.

Deus queria que Davi fizesse o censo, por isso Ele permitiu que Satanás incitasse o mesmo a fazer o censo para realizar o seu propósito de punir ou disciplinar Davi e seu povo.

A soberania de Deus estende-se também sobre o Diabo, que o Senhor usa muitas vezes para efetuar a sua vontade divina. É uma notável verdade que Deus controla Satanás, às vezes permitindo que ele controle os homens, mas para os propósitos divinos – para os propósitos de Deus:

Mais uma vez irou-se o Senhor contra Israel e incitou Davi contra o povo, levando-o a fazer um censo de Israel e Judá. – 2Samuel 24.1

Deus induziu Davi a verificar o número dos habitantes do seu povo, um ato de confiança própria e de orgulho, portanto, pecado. Todavia, o relato paralelo de 1Crônicas 21 indica que de fato foi Satanás que moveu Davi a fazer aquilo. Devemos concluir, então, que Deus moveu Satanás a incitar Davi a pecar”.[1]

O Manual Popular de Dúvidas e Enigmas e Contradições da Bíblia diz:

“Afinal quem foi responsável por instigar Davi a agir assim?

As duas afirmações são verdadeiras. Embora tenha sido Satanás que diretamente incitou Davi, foi Deus que permitiu essa provocação. Embora o propósito de Satanás tenha sido destruir Davi e o povo de Deus, o objetivo de Deus era o de humilhá-los e ensinar-lhes uma valiosa lição espiritual”.


Um outro fato que a Escritura nos revela é que:


Deus pôs um espírito mentiroso na boca dos profetas de Acabe, pois tinha decretado a sua morte (1 Rs. 22.19-23).


“Micaías prosseguiu: "Ouça a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado em seu trono, com todo o exército dos céus ao seu redor, à sua direita e à sua esquerda.

E o Senhor disse: ‘Quem enganará Acabe para que ataque Ramote-Gileade e morra lá?’ "E um sugeria uma coisa, outro sugeria outra,

até que, finalmente, um espírito colocou-se diante do Senhor e disse: ‘Eu o enganarei’.

" ‘De que maneira?’, perguntou o Senhor. "Ele respondeu: ‘Irei e serei um espírito mentiroso na boca de todos os profetas do rei’. "Disse o Senhor: ‘Você conseguirá enganá-lo; vá e engane-o’.

"E o Senhor pôs um espírito mentiroso na boca destes seus profetas. O Senhor decretou a sua desgraça".

Deus conhece, permite, limita e usa as ações de Satanás para cumprir seus propósitos.

Deus permitiu e limitou a ação de Satanás para confirmar a fidelidade de Jó (Jó 1.12; 2.6,7).


“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele’. Então Satanás saiu da presença do Senhor”.

“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele’.

Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça”.

Steven Lawson disse:

“Quanto Satanás efetua os seus maldosos ataques aos crentes, sempre o faz sob os auspícios da dominante providência de Deus. Mesmo o Diabo age sob os parâmetros da soberania de Deus”[2]

"Apesar de ter podido destruir os bens e os filhos e filhas de Jó, Satanás não pôde ir além dos limites que Deus tinha estabelecido. Deus tanto incitou essa tempestade na vida de Jó como impôs os seus limites, porquanto esse período de extremo sofrimento fazia parte do plano soberano relativo a Jó".[3]

Deus permitiu Satanás induzir Judas a trair Jesus para redimir a humanidade por meio da morte do seu Filho no tempo certo (Jo. 13.2).


“Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus”.

Deus soube, permitiu e revelou a ação e o propósito de Satanás com os cristãos de Esmirna (Ap. 2.10).


“Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. Saibam que o diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.


Não há dúvidas de que Deus pode usar o mal para cumprir os seus propósitos, sem ser o autor do mesmo e responsabilizando quem o fez.

[1] Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 164). São José dos Campos, SP: Editora FIEL. [2] Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 175). São José dos Campos, SP: Editora FIEL. [3] Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 176). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.

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