A Doutrina da Providência Divina.
Atualizado: 26 de fev. de 2020
Introdução
Se Deus criou todas as coisas, ele controla todas as coisas?
Quem preserva, coopera e governa todas as coisas?
Todas as coisas acontecem por acaso ou com um propósito divino?
Segundo à Escritura, quem realmente controla todas as coisas?
A doutrina de Providência divina:
Fala sobre a contínua relação de Deus com a criação;
Ensina que os acontecimentos da criação são determinados por Deus, que é o Criador e Senhor pessoal, porém infinitamente poderoso;
Evita quatro erros comuns sobre o relacionamento de Deus com a criação:
1. Evita o deísmo (Deus criou o mundo, mas o abandonou);
2. Evita o panteísmo (Deus e a criação são uma coisa só);
3. Evita a casualidade (Os acontecimentos da criação são determinados por acaso);
4. Evita o determinismo (Todos os fatos e ações humanas são determinadas pela natureza, ou seja, destino impessoal). [1]
A doutrina de Providência é definida das seguintes formas:
É o cuidado divino sobre todas as suas obras (Sl. 145.9);[2]
É a assistência, cuidado e supervisão de Deus em toda a criação, desde o momento da primeira criação até o futuro na eternidade;[3]
É a atividade contínua de Deus em relação a toda a sua criação;[4]
Deus está continuamente envolvido com todas as coisas criadas de forma tal que:
1) As preserva como elementos existente, que conservam as propriedades com que ele os criou;
2) Coopera com as coisas criadas em cada ato, dirigindo as suas propriedades características a fim de fazê-las agir como agem;
3) As orienta no cumprimento dos seus propósitos.
A doutrina da Providência divina dentro da sua categoria geral tem três subtópicos:
1) Preservação – Deus preserva todas as coisas;
2) Cooperação – Deus coopera com todas as coisas;
3) Governo – Deus governa todas as coisas.
A doutrina de Providência divina:
Gera um desacordo entre os cristãos desde os primórdios da história da igreja, principalmente sobre a relação de Deus com as decisões volitivas dos seres morais;
É uma doutrina bíblica;
Defendida e ensinada pelos calvinistas, porém rejeitada, mal compreendida e refutada pelos arminianos;
Não viola liberdade humana, pois a Enciclopédia da Bíblia diz: “O controle de Deus é garantido e inclui tudo, todavia Deus não viola a liberdade de criaturas racionais e morais. Pode ser difícil compreender isso, uma que não há experiências pessoais que possam se comparar à obra da providência de Deus, mas a Escritura ensina claramente esses pontos. José insistiu que Deus o havia enviado ao Egito e, na verdade, essa confiança o sustentou em todas as suas adversidades. Todavia ele disse: “Eu sou José, seu irmão, aquele que vocês venderam ao Egito!” (Gn. 45.4);
Precisa ser entendida por todos os cristãos, por ser uma doutrina claramente exposta na Escritura;
Traz uma compreensão melhor sobre Deus em relação à criação.
Deus está sempre envolvido na sua criação.
De que forma ocorre esse envolvimento divino na criação?
Deus preserva todas as coisas criadas como elementos existentes, que conservam as propriedades com o que ele os criou.
A Escritura Sagrada nos revela que:
Cristo sustenta todas as coisas por sua palavra poderosa (Hb. 1.3).
“O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa”.
Sustentando no grego é “pherõ que significa “carregar, suportar”.
“pherõ” é usada comumente no NT com o sentido de carregar algo de um lugar para outro, como ocorre em (Lc. 5.18) (o paralítico que foi levado numa maca até Jesus, (Jo. 2.8) a água que foi transformada em vinho sendo levada ao encarregado da festa e (2 Tm. 4.13) a capa e os livros que Timóteo deveria levar para o apóstolo Paulo.
“pherõ” não significa simplesmente “sustentar”, mas apresenta a ideia de controle ativo e deliberado da coisa que se carrega de um lugar a outro.
O Comentário Bíblico NVI diz que “A palavra “sustentar” [...] contém não somente a ideia de “apoio”, mas também a de “movimento em direção a”. Assim, o Filho é descrito como alguém que mantém “o Todo” e carrega e leva adiante para o seu alvo final”.
A expressão “Sustentando” indica que Jesus está continuamente carregando consigo todas as coisas no universo pela palavra do seu poder. Cristo está ativamente envolvido na obra da providência.
“No princípio, ele falou, e os mundos foram criados (Hb. 11.3). Ele ainda fala, e sua poderosa palavra sustenta a vida, as substâncias e mantém o universo em sua ordem. É por ele que todas as coisas subsistem (Cl. 1.17). Aqui está uma explicação simples de uma profunda questão científica. Os cientistas se atracam para descobrir o que une as moléculas. Nós sabemos que Jesus Cristo é o grande sustentador, e o faz pela sua poderosa palavra”.
(William MacDonald)
“Sustentando significa suportando ou carregando, em alusão ao movimento ou progresso em direção ao fim. O Filho não somente criou o universo, mediante Sua poderosa Palavra, mas também mantém e dirige seu curso. É Ele o Governador do universo. As leis da natureza são Suas e operam sob Seu comando”.
(O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento)
“Cristo não só criou o universo (Hb. 1.2), Ele também o sustenta. Cristo trouxe o mundo à existência pela sua Palavra (Gn. 1-2), e Ele sustenta o mundo com a sua Palavra onipotente (Hb.11.3). Cristo guia o mundo em direção ao seu futuro designado – o tempo em que Ele receberá como sua herança (Hb. 1.2). Pelo fato de Cristo sustentar todas as coisas, nada na criação é independente dele”.
(Comentário do NT Aplicação Pessoal).
Cristo por meio da sua palavra poderosa sustenta e leva a sua criação para o destino que ele determinou.
Cristo mantém a existência de todas as coisas (Cl. 1.17).
“Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.”.
Tudo é mantido nele.
“Ele existia antes de todas as coisas e mantém tudo em harmonia”. NVT
Tudo existe nele (At. 17.28).
“‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele’”.
“É nele, o Deus verdadeiro, que vivemos, e nos movemos, e existimos. Ele é não apenas nosso Criador, mas também aquele que nos cerca”. (William MacDonald)
Tudo é preservado por ele (Ne. 9.6).
“Só tu és o Senhor. Fizeste os céus, e os mais altos céus, e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela existe, os mares e tudo o que neles existe. Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram”.
“Somente tu és o Senhor. Fizeste o céu e os céus além do céu, e todas as estrelas. Fizeste a terra, os mares, e tudo que neles há. Preservas todos os seres com vida, e o exército dos céus te presta adoração”. (Ne. 9.6) NVT
“A tua justiça é firme como as altas montanhas; as tuas decisões insondáveis como o grande mar. Tu, Senhor, preservas tanto os homens quanto os animais”. (Sl 36:6).
“Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês”. (Mt. 10:29).
Tudo está reservado por ele para um propósito (2 Pe. 3.5-7).
“Mas eles deliberadamente se esquecem de que há muito tempo, pela palavra de Deus, existem céus e terra, esta formada da água e pela água. E pela água o mundo daquele tempo foi submerso e destruído. Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios”.
A humanidade depende dele (Jó 34.14,15).
“Se fosse intenção dele, e de fato retirasse o seu espírito e o seu sopro, a humanidade pereceria toda de uma vez, e o homem voltaria ao pó”.
As propriedades de todas as coisas são conservadas por ele.
A água continua sendo água.
A grama continua sendo grama.
A pedra continua sendo pedra.
Todas as coisas criadas por Deus são reais, e suas características, também são reais.
A água é real por isso ela molha, limpa e sacia.
A pedra é real por isso ela é dura e pode machucar.
“A providência divina proporciona fundamento para a ciência, pois Deus fez e continua a sustentar um universo que age de maneiras previsíveis. Se uma experiência científica for feita do mesmo modo hoje ou daqui a cem anos dará o mesmo resultado. [...] A providência divina também fornece fundamento para a tecnologia, pois podemos ter a certeza de que a gasolina fará o carro rodar hoje e sempre”.[5]
2. Deus coopera com as coisas criadas em cada ato, dirigindo as suas propriedades características a fim de fazê-las agir como agem.[6]
Deus faz todas as coisas ocorrerem de acordo com sua vontade (Ef. 1.11).
“Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade”.
A palavra “faz” no grego é “energeõ” que significa “elabora” ou “realiza”.
A Nova Versão Transformadora traduz essa passagem assim:
“Além disso, em Cristo nós nos tornamos herdeiros de Deus, pois ele nos predestinou conforme seu plano e faz que tudo ocorra de acordo com sua vontade”.
A Nova Tradução Linguagem de Hoje traduz essa passagem assim:
“Todas as coisas são feitas de acordo com o plano e com a decisão de Deus. De acordo com a sua vontade e com aquilo que ele havia resolvido desde o princípio, Deus nos escolheu para sermos o seu povo, por meio da nossa união com Cristo.”.
Deus faz a sua vontade na natureza (Sl. 148.7,8).
“Louvem o Senhor, vocês que estão na terra, serpentes marinhas e todas as profundezas,
relâmpagos e granizo, neve e neblina, vendavais que cumprem o que ele determina”.
Deus controla a natureza para realizar os seus propósitos (Jó 37.5-13).
“A voz de Deus troveja maravilhosamente; ele faz coisas grandiosas, acima do nosso entendimento.
Ele diz à neve: ‘Caia sobre a terra’, e à chuva: ‘Seja um forte aguaceiro’.
Ele paralisa o trabalho de cada homem, a fim de que todos os que ele criou conheçam a sua obra.
Os animais vão para os seus esconderijos; e ficam nas suas tocas.
A tempestade sai da sua câmara, e dos ventos vem o frio.
O sopro de Deus produz gelo, e as vastas águas se congelam.
Também carrega de umidade as nuvens, e entre elas espalha os seus relâmpagos.
Ele as faz girar, circulando sobre a superfície de toda a terra, para fazerem tudo o que ele lhes ordenar.
Ele traz as nuvens, ora para castigar os homens, ora para regar a sua terra e mostrar o seu amor”.
A natureza é dirigida e controlada pela soberania de Deus.
Deus fez granizo cair sobre o Egito para punir faraó e os egípcios (Êx. 9.23).
“Quando Moisés estendeu a vara para o céu, o Senhor fez vir trovões e granizo, e raios caíam sobre a terra. Assim o Senhor fez chover granizo sobre a terra do Egito.
Deus abriu o mar vermelho pro seu povo passar (Êx. 14.21,22).
“Então Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor afastou o mar e o tornou em terra seca, com um forte vento oriental que soprou toda aquela noite. As águas se dividiram,
e os israelitas atravessaram pelo meio do mar em terra seca, tendo uma parede de água à direita e outra à esquerda.
Deus parou a terra para dar a vitória para Josué sobre os seus inimigos (Js. 10.12-14).
“No dia em que o Senhor entregou os amorreus aos israelitas, Josué exclamou ao Senhor, na presença de Israel: "Sol, pare sobre Gibeom! E você, ó lua, sobre o vale de Aijalom! "
O sol parou, e a lua se deteve, até a nação vingar-se dos seus inimigos, como está escrito no Livro de Jasar. O sol parou no meio do céu e por quase um dia inteiro não se pôs.
Nunca antes nem depois houve um dia como aquele, quando o Senhor atendeu a um homem. Sem dúvida o Senhor lutava por Israel!
Deus faz tudo o que lhe agrada na natureza (Sl. 135.6,7).
“O Senhor faz tudo o que lhe agrada, nos céus e na terra, nos mares e em todas as suas profundezas.
Ele traz as nuvens desde os confins da terra; envia os relâmpagos que acompanham a chuva e faz que o vento saia dos seus depósitos”.
A vontade de Deus é feita em toda a natureza.
Deus age na natureza com vários objetivos (Sl. 104.14,15).
“É ele que faz crescer o pasto para o gado, e as plantas que o homem cultiva, para da terra tirar o alimento:
o vinho, que alegra o coração do homem; o azeite, que faz brilhar o rosto, e o pão que sustenta o seu vigor”.
Deus usa a natureza para realizar os seus propósitos (Jó 38.22,23).
“Acaso você entrou nos reservatórios de neve, já viu os depósitos de saraiva, que eu guardo para os períodos de tribulação, para os dias de guerra e de combate”?
Elementos da natureza são usados por Deus para realizar juízo divino e para os dias de guerra.
Deus revela o seu poder e seu caráter na natureza (Rm. 1.20).
“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis”.
“O argumento é claro: a criação pressupõe um Criador. Um projeto pressupõe um projetista. Ao olhar para o sol, a lua e as estrelas, qualquer um pode dizer que existe um Deus”.
William MacDonald
Deus demonstra a sua bondade por meio da natureza (Mt. 5.44,45).
“Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”.
O sol raia e a chuva cai sobre maus e bons porque Deus é misericordioso e imparcial.
Dr. Howard Agnew Johnson escreveu o seguinte:
“Há alguns anos fui convidado para almoçar em certa casa. O dono da casa me pediu que orasse. Depois de pedir a bênção e expressar a nossa gratidão pelos dons de Deus, ele disse com certa franqueza: "Realmente não vejo razão para isto: pois eu mesmo provi esta refeição."
Em resposta perguntamos: "O senhor nunca pensou que se falhassem a sementeira e a colheita uma só vez em toda a terra, a metade do povo morreria antes da próxima colheita? E não pensou também que se falhassem a sementeira e a colheita em dois anos sucessivos em todo o planeta, todos os homens morreriam antes da seguinte colheita?
Evidentemente assombrado, ele admitiu que nunca pensara em tal possibilidade. Então sugerimos estar muito equivocado em dizer que fora ele quem fornecera aquela refeição para nós. Ele devia a Deus a sua própria vida e as forças para ganhar o dinheiro. Deus havia posto vida no grão e no animal que usávamos como alimento, coisa que ele nunca poderia fazer. Lembramos-lhe que ele havia sido um cooperador com Deus, participando das leis divinas para suprir as nossas necessidades. Então perguntamos: "Se alguém lhe desse alguma coisa, o senhor não diria "obrigado"? E se fossem repetidas as dádivas duas ou três vezes ao dia, o senhor não diria "obrigado" cada vez'? Com isso ele prontamente concordou. "Então o senhor entende por que dizemos 'obrigado' a Deus cada vez que recebemos suas bênçãos."
A isto ele exclamou: 'Ah! isto não é mais do que boa educação, sem falar em ser inteligentemente agradecido!'”
(Conhecendo as Doutrinas da Bíblia)
“Providência é o governante poder de Deus que supervisiona a sua criação e realiza os seus planos para isso”.
“Deus não apenas criou o universo, mas o mantém e o direciona para o cumprimento de seus propósitos. A criação e a providência pertencem juntas como dois lados da mesma moeda. Sem a criação não poderia haver providência, mas a criação dificilmente poderia se sustentar sozinha. O Deus que fez o universo também ordena e governa de acordo com sua vontade”.
Bray, G. (2018). Providência. In B. Ellis, M. Ward, & J. Parks (Orgs.), Sumário de Teologia Lexham. Bellingham, WA: Lexham Press.
C. Deus faz a sua vontade nos animais.
Deus criou, sustenta, mata e renova os animais (Sl. 104.24-30).
Quantas são as tuas obras, Senhor! Fizeste todas elas com sabedoria! A terra está cheia de seres que criaste.
Eis o mar, imenso e vasto. Nele vivem inúmeras criaturas, seres vivos, pequenos e grandes.
Nele passam os navios, e também o Leviatã, que formaste para com ele brincar.
Todos eles esperam em ti para que lhes dês o alimento no tempo certo;
tu lhes dás, e eles o recolhem, abres a tua mão, e saciam-se de coisas boas.
Quando escondes o rosto, entram em pânico; quando lhes retiras o fôlego, morrem e voltam ao pó.
Quando sopras o teu fôlego, eles são criados, e renovas a face da terra”.
Deus se preocupa com a preservação dos animais (Dt. 22.6,7; 25.4).
“Se você passar por um ninho de passarinho junto ao caminho, seja numa árvore ou no chão, e a mãe estiver sobre os filhotes ou sobre os ovos, não apanhe a mãe com os filhotes.
Você poderá apanhar os filhotes, mas deixe a mãe solta, para que tudo vá bem com você e você tenha vida longa”.
“Não amordacem o boi enquanto está debulhando o cereal”.
Deuteronômio 25:4
Deus guiou animais para uma determinada cidade com o propósito de confirmar que
Ele era o autor de todo o sofrimento que os filisteus padeciam (1 Sm. 6.7-12).
“Agora, então, preparem uma carroça nova, com duas vacas que deram cria e sobre as quais nunca foi colocado jugo. Amarrem-nas à carroça, mas afastem delas os seus bezerros e os ponham no curral.
Coloquem a arca do Senhor sobre a carroça, e ponham numa caixa ao lado os objetos de ouro que vocês estão lhe enviando como oferta pela culpa. Enviem a carroça,
e fiquem observando. Se ela for para seu próprio território, na direção de Bete-Semes, então foi o Senhor quem trouxe essa grande desgraça sobre nós. Mas, se ela não for, então saberemos que não foi a sua mão que nos atingiu e que isso aconteceu conosco por acaso".
E assim fizeram. Pegaram duas vacas com cria e as amarraram a uma carroça e prenderam seus bezerros no curral.
Colocaram a arca do Senhor na carroça e junto dela a caixa com os ratos de ouro e as imagens dos tumores.
Então as vacas foram diretamente para Bete-Semes, mantendo-se na estrada e mugindo por todo o caminho; não se desviaram para a direita nem para a esquerda. Os governantes dos filisteus as seguiram até a fronteira de Bete-Semes”.
Deus ordenou que os corvos alimentassem Elias (1 Rs. 17.2-6).
“Depois disso a palavra do Senhor veio a Elias:
‘Saia daqui, vá para o leste e esconda-se perto do riacho de Querite, a leste do Jordão.
Você beberá do riacho, e dei ordens aos corvos para o alimentarem lá’.
E ele fez o que o Senhor lhe tinha dito. Foi para o riacho de Querite, a leste do Jordão, e ficou por lá.
Os corvos lhe traziam pão e carne de manhã e de tarde, e ele bebia água do riacho”.
Deus usou os animais anfíbios para aplicar o seu juízo sobre os egípcios (Êx. 8.1-6).
“O Senhor falou a Moisés: "Vá ao faraó e diga-lhe que assim diz o Senhor: Deixe o meu povo ir para que me preste culto.
Se você não quiser deixá-lo ir, mandarei sobre todo o seu território uma praga de rãs.
O Nilo ficará infestado de rãs. Elas subirão e entrarão em seu palácio, em seu quarto, e até em sua cama; estarão também nas casas dos seus conselheiros e do seu povo, dentro dos seus fornos e nas suas amassadeiras.
As rãs subirão em você, em seus conselheiros e em seu povo".
Depois o Senhor disse a Moisés: "Diga a Arão que estenda a mão com a vara sobre os rios, sobre os canais e sobre os açudes, e faça subir deles rãs sobre a terra do Egito".
Assim Arão estendeu a mão sobre as águas do Egito, e as rãs subiram e cobriram a terra do Egito”.
Deus controlou as ações dos animais selváticos e livrou Daniel da morte (Dn. 6.20-23).
“Quando ia se aproximando da cova, chamou Daniel com voz aflita: "Daniel, servo do Deus vivo, será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, pôde livrá-lo dos leões? "
Daniel respondeu: "Ó rei, vive para sempre!
O meu Deus enviou o seu anjo, que fechou a boca dos leões. Eles não me fizeram mal algum, pois fui considerado inocente à vista de Deus. Também contra ti não cometi mal algum, ó rei".
O rei muito se alegrou e ordenou que tirassem Daniel da cova. Quando o tiraram da cova, viram que não havia nele nenhum ferimento, pois ele tinha confiado no seu Deus”.
Deus usou e controlou um animal marinho para punir Jonas (Jn. 1.17; 2.10).
“Então o Senhor fez com que um grande peixe engolisse Jonas, e ele ficou dentro do peixe três dias e três noites”.
E o Senhor deu ordens ao peixe, e ele vomitou Jonas em terra firme.
Jonas 2:10
Deus preserva os animais (Sl. 147.9).
“Ele dá alimento aos animais, e aos filhotes dos corvos quando gritam de fome”.
“Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas”?
(Mt. 6:26).
“Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês”.
(Mt. 10:29).
Deus não se esquece dos animais (Lc. 12.6).
“Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus”.
Deus sabe onde os peixes estão (Lc. 5.1-6).
“Certo dia Jesus estava perto do lago de Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados para ouvir a palavra de Deus.
Viu à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que estavam lavando as suas redes.
Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se, e do barco ensinava o povo.
Tendo acabado de falar, disse a Simão: "Vá para onde as águas são mais fundas", e a todos: "Lancem as redes para a pesca".
Simão respondeu: "Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes".
Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixe que as redes começaram a rasgar-se”.
Deus sustenta, controla, governa e usa os animais para os seus propósitos.
"Deus está presente e ativo em nossa vida"!
Millard Ericson
D. Deus faz a sua vontade na humanidade.
“A doutrina da providência nos informa que o mundo e a nossa vida não são regidos pelo acaso nem pela fatalidade, mas por Deus, que revela seus propósitos de providência na encarnação do seu Filho”.[7]
T. H. L. Parker
Deus realiza os seus propósitos nas nações.
A Bíblia nos revela que:
Deus criou todas as nações a partir de um homem com o propósito de povoar a terra, determinou o tempo de existência e o lugar de cada nação na terra (At. 17.26).
“De um só fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar”.
Deus age soberanamente sobre nações (Jó 12.23).
“Dá grandeza às nações, e as destrói; faz crescer as nações, e as dispersa”.
“Deus mostra-se, assim, soberano sobre todos os seres humanos, pessoal e coletivamente, e o fluxo da história individual e universal obedece a seus estratagemas, bons e maus. Deus mantém um governo universal, que não segue o que os homens pensam que deveria ser. É a vontade divina que levanta e derruba os homens”.
Russel Champlin
Deus governa as nações (Sl. 22.28).
“pois do Senhor é o reino; ele governa as nações”.
Deus estabelece e destrona as autoridades governamentais (Dn. 2.21; Rm. 13.1).
“Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir”.
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas”. (Rm. 13:1).
Deus age em todos os aspectos da nossa vida (At. 17.28).
“Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele’”.
Deus providencia o alimento de cada dia (At. 14.16,17).
“No passado ele permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos.
Contudo, não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e enchendo de alegria os seus corações”.
O alimento diário é providenciado por Deus por meios naturais ou sobrenaturais.
Deus sustentou o seu povo no deserto com o maná até chegar a terra de Canaã (Êx. 16.35), alimentou Elias no deserto com um pão assado na brasa (1 Rs. 19.5,6) e multiplicou cinco pães e dois peixes para alimentar uma multidão (Mt. 14.15-20).
Deus determinou os dias da nossa vida antes de nascermos (Sl. 139.16).
“Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir”.
Os dias do homem estão determinados; tu decretaste o número de seus meses e estabeleceste limites que ele não pode ultrapassar. (Jó 14:5).
Deus pode acrescentar mais alguns anos em nossas vidas se assim Ele quiser.
“Antes de Isaías deixar o pátio intermediário, a palavra do Senhor veio a ele:
"Volte e diga a Ezequias, líder do meu povo: ‘Assim diz o Senhor, Deus de Davi, seu predecessor: Ouvi sua oração e vi suas lágrimas; eu o curarei. Daqui a três dias você subirá ao templo do Senhor.
Acrescentarei quinze anos à sua vida. E livrarei você e esta cidade das mãos do rei da Assíria. Defenderei esta cidade por causa de mim mesmo e do meu servo Davi’ ".
2 Reis 20:4-6
Deus determina a missão da nossa vida antes de nascermos (Jr. 1.5).
“Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações”.
“Mas Deus me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça. Quando lhe agradou revelar o seu Filho em mim para que eu o anunciasse entre os gentios, não consultei pessoa alguma”. (Gl 1:15,16).
O propósito da nossa vida deve ser definido pela vontade de Deus.
Deus é soberano sobre o discurso humano (Pv. 16.1).
“Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua”.
Em (Pv. 16) o nome pessoal de Deus (Yahweh) aparece 9 vezes nos primeiros sete versículos. A atividade de Deus nos afazeres do homem é destacado.
O comentário Bíblico Beacon registra que: “o sábio diz que tanto os planos dos homens quanto a sua execução estão sujeitos ao controle divino.[8]
Comentário Bíblico NVI diz que: “O Senhor está no comando. Todos esses ditados (exceto v. 8 e possivelmente v. 6) propõem a questão da relação entre a decisão do homem e o controle de Deus sobre os eventos.
O homem pode planejar (v. 1,9), proceder à autoavaliação (v. 2), comportar-se como quiser (v. 4,5,7), mas em certo sentido a questão é decidida pelo Senhor”.
Exemplo de discurso controlado por Deus.
Balaão foi alertado pelo anjo do Senhor que só poderia falar o que fosse determinado por ele. (Nm. 22.35).
Então o anjo do Senhor disse a Balaão: "Vá com os homens, mas fale apenas o que eu lhe disser". Assim Balaão foi com os príncipes de Balaque.
Balaão disse a Balaque que só iria falar o que Deus tinha determinado (Nm. 22.38).
"Aqui estou!", respondeu Balaão. "Mas, seria eu capaz de dizer alguma coisa? Direi somente o que Deus puser em minha boca".
Balaão foi contratado por Balaque para amaldiçoar, mas acabou abençoando por uma determinação divina (Nm. 23.11,12).
"Então Balaque disse a Balaão: "Que foi que você me fez? Eu o chamei para amaldiçoar meus inimigos, mas você nada fez senão abençoá-los! "
E ele respondeu: "Será que não devo dizer o que o Senhor põe em minha boca?"
“... a preparação do coração está no homem (ele pode planejar e designar, isto e aquilo), mas a resposta da língua, não somente a transmissão do que ele decidiu falar, mas o resultado e o sucesso do que ele decidiu fazer, vêm do Senhor. Isto é, em resumo: 1. O homem propõe. Ele tem liberdade de pensamento e livre arbítrio; que forme seus projetos, e conceba seus esquemas, conforme julgar melhor: mas, afinal: 2. Deus dispõe. O homem não pode continuar com suas atividades sem o auxílio e a bênção de Deus, que criou a boca do homem e nos ensina o que temos que dizer. Na verdade, Deus pode, facilmente, contrariar os propósitos dos homens, e frequentemente o faz, e frustra os seus desígnios. Era uma maldição que estava preparada no coração de Balaão, mas a resposta da língua foi uma bênção”.
Comentário Bíblico Matthew Henry.
5) Jesus prometeu aos seus discípulos que Deus daria a eles as palavras certas na hora devida (Mt. 10.19).
“Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizer. Naquela hora lhes será dado o que dizer”.
6) Caifás falou sobre a morte substitutiva de Cristo por inspiração divina (Jo. 11.49-53).
“Então um deles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo sacerdote, tomou a palavra e disse: "Nada sabeis!
Não percebeis que vos é melhor que morra um homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
Ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria pela nação judaica,
e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus que estão espalhados, para reuni-los num povo.
E daquele dia em diante, resolveram tirar-lhe a vida”.
“A soberania divina sobre a iniciativa humana diz respeito tanto ao discurso humano, a resposta da língua, quanto à obra humana [...][9] o discurso humano está sujeito ao governo divino”.[10]
“Os seres humanos planejam, o Senhor realiza; eles imaginam, o Senhor executa; eles formulam, ele valida; eles propõem, ele dispõe. Eles planejam o que vão dizer e fazer, mas o Senhor decreta o que permanecerá e fará parte de seus propósitos eternos”.[11]
B. K. Watke
“As pessoas fazem planos, porém o Senhor é soberano e utiliza todos os projetos humanos para cumprir seus propósitos”.
William MacDonald
“O homem mortal faz planos elaborados para a vida, mas é o Eterno que tem a última palavra”.[12]
Bíblia Linguagem Contemporânea
Deus controla (Balaão), dá (discípulos), coloca (Caifás) as nossas palavras.
Deus determina o resultado dos planos humanos (Pv. 16.9).
“Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos”.
“O homem faz seus planos, mas o Eterno é quem possibilita que sejam realizados”.
Bíblia Linguagem Contemporânea
“A Soberania de Deus, não os planos do homem, determina a conclusão de uma vida”.
Carlos Osvaldo Cardo Pinto
“Um homem pode planejar sua estrada nos mínimos detalhes, mas não pode implementar seu planejamento a menos que coincida com o plano de Yahweh para ele. Ele se ilude se supõe ter controle absoluto e ser capaz de impor sua vontade sobre todas as situações sem nenhum limite a fim de concretizar seu plano.”[13]
McKane
Deus tem a palavra final sobre os planos humanos, Ele é quem determina se serão realizados ou não!
Deus faz prevalecer o seu propósito sobre os planos dos homens (Pv. 19.21).
“Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor”.
· Exemple do propósito do Senhor prevalecendo sobre os planos humanos (Gn. 45.4-8).
“'Cheguem mais perto', disse José a seus irmãos. Quando eles se aproximaram, disse-lhes: "Eu sou José, seu irmão, aquele que vocês venderam ao Egito!
Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês.
Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita.
Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento.
"Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito”.
“Deus pode tornar esses planos bem-sucedidos, ou pode frustrá-los ou, ainda, pode fazer suceder o oposto daquilo que as pessoas pretendiam. Até mesmo os melhores planos e esforços humanos não têm como permanecer diante do Senhor se ele assim não o desejar [14]
“Os planos do homem não podem sobrepujar os propósitos de Deus”.
Carlos Osvaldo Cardoso Pinto.
Nas palavras de Shakespeare: “Há uma divindade que molda nossos fins, por mais que os tracemos”.[15]
“As pessoas fazem muitos planos na vida, mas somente os propósitos de Deus se tornarão realidade”.
William MacDonald
“O homem propõe, mas Deus dispõe”.
Ditado popular
“Não há sabedoria alguma, nem discernimento algum, nem plano algum que possa opor-se ao Senhor”.
Provérbios 21:30
“Lembrem-se das coisas passadas, das coisas muito antigas! Eu sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu.
Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada”.
Isaías 46:9,10
O propósito divino sempre prevalecerá sobre os planos humanos.
Deus muda os planos dos homens (At. 26.9-16).
“Eu também estava convencido de que deveria fazer todo o possível para me opor ao nome de Jesus, o Nazareno.
E foi exatamente isso que fiz em Jerusalém. Com autorização dos chefes dos sacerdotes lancei muitos santos na prisão, e quando eles eram condenados à morte eu dava o meu voto contra eles.
Muitas vezes ia de uma sinagoga para outra a fim de castigá-los, e tentava forçá-los a blasfemar. Em minha fúria contra eles, cheguei a ir a cidades estrangeiras para persegui-los.
"Numa dessas viagens eu estava indo para Damasco, com autorização e permissão dos chefes dos sacerdotes.
Por volta do meio-dia, ó rei, estando eu a caminho, vi uma luz do céu, mais resplandecente que o sol, brilhando ao meu redor e ao redor dos que iam comigo.
Todos caímos por terra. Então ouvi uma voz que me dizia em aramaico. ‘Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo? Resistir ao aguilhão só lhe trará dor! ’
"Então perguntei: Quem és tu, Senhor? "Respondeu o Senhor: ‘Sou Jesus, a quem você está perseguindo.
Agora, levante-se, fique de pé. Eu lhe apareci para constituí-lo servo e testemunha do que você viu a meu respeito e do que lhe mostrarei”.
Deus muda os nossos planos para cumprir os seus.
Deus controla as ações dos homens (Pv. 20.24).
“Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor. Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho”?
“Os passos do homem são ordenados por Adonai, assim, como pode alguém entender seu próprio caminho”?
Bíblia Judaica
“As pessoas não entendem seus caminhos porque Deus dá a verdadeira direção e destino às suas ações livres e subservientes ao seu plano. O ser humano é responsável pela escolha do seu caminho (i.e., a direção e a orientação de sua vida) e por seus passos (suas decisões e ações), mas o Senhor determina a realização do seu objetivo”.[16]
Exemplo de ações humanas sendo dirigidas por Deus.
Deus frustrou o plano de Hamã e usou a sua sugestão para aplicar sobre outra pessoa, no caso Mardoqueu (Et. 6.1-11).
“Naquela noite o rei não conseguiu dormir; por isso ordenou que trouxessem o livro das crônicas do seu reinado, e que o lessem para ele.
E foi lido o registro de que Mardoqueu tinha denunciado Bigtã e Teres, dois dos oficiais do rei que guardavam a entrada do Palácio, que haviam conspirado para assassinar o rei Xerxes.
"Que honra e reconhecimento Mardoqueu recebeu por isso? ", perguntou o rei. Seus oficiais responderam: "Nada lhe foi feito".
O rei perguntou: "Quem está no pátio? " Ora, Hamã havia acabado de entrar no pátio externo do palácio para pedir ao rei o enforcamento de Mardoqueu na forca que ele lhe havia preparado.
Os oficiais do rei responderam: "É Hamã que está no pátio". "Façam-no entrar", ordenou o rei.
Entrando Hamã, o rei lhe perguntou: "O que se deve fazer ao homem que o rei tem o prazer de honrar? " E Hamã pensou consigo: "A quem o rei teria prazer de honrar, senão a mim? "
Por isso respondeu ao rei: "Ao homem que o rei tem prazer de honrar,
ordena que tragam um manto do próprio rei e um cavalo que o rei montou, e que leve o brasão do rei na cabeça.
Em seguida, sejam o manto e o cavalo confiados a alguns dos príncipes mais nobres do rei, e ponham eles o manto sobre o homem que o rei deseja honrar e o conduzam sobre o cavalo pelas ruas da cidade, proclamando diante dele: ‘Isto é o que se faz ao homem que o rei tem o prazer de honrar! ’ "
O rei ordenou então a Hamã: "Vá depressa apanhar o manto e o cavalo, e faça ao judeu Mardoqueu o que você sugeriu. Ele está sentado junto à porta do palácio real. Não omita nada do que você recomendou".
Então, Hamã apanhou o cavalo, vestiu Mardoqueu com o manto e o conduziu sobre o cavalo pelas ruas da cidade, proclamando à frente dele: "Isto é o que se faz ao homem que o rei tem o prazer de honrar! "
J. G. Bellet disse:
“... o esplêndido entrelaçamento de circunstâncias apresentado nessa história. Há uma conspiração por trás da conspiração, “rodas dentro de rodas”, circunstâncias dependentes de outras circunstâncias, todas encadeadas para cumprir os maravilhosos planos de Deus”.
“Esse provérbio enfatiza a soberania de Deus, não o livre-arbítrio do homem, embora ambos sejam fatos. Deus é soberano sobre os assuntos humanos e sabe o que é melhor para nós. Portanto, precisamos buscar sua orientação, em vez de tentar resolver as coisas do nosso jeito”.
William MacDonald
“Visto que Deus tem a Palavra final sobre a vida de uma pessoa, com frequência é difícil uma pessoa entender plenamente o próprio caminho”.
Sid S. Buzzell
“A soberania de Deus opera sobre a vida humana, e esse é um tema encontrado aqui e acolá no livro de Provérbios [...] Deus é quem dirige nossas decisões e nossa conduta”.
Russel Champlin
“Aqui, nos é ensinado que, em todos os nossos assuntos: 1. Temos uma dependência necessária e constante de Deus. Todos os nossos atos naturais dependem da sua providência, todos os nossos atos espirituais dependem da sua graça. O melhor homem não será melhor do que Deus o faz; e cada criatura é, para nós, aquilo que a vontade de Deus determinou que ela seja. As nossas iniciativas são bem sucedidas, não conforme nosso desejo, mas como Deus ordena e dispõe. Os passos do homem, até mesmo de um homem forte (pois este é o significado da palavra) são dirigidos pelo Senhor, pois a sua força é fraqueza, sem Deus, e a batalha nem sempre é do forte. 2. Não temos a presciência de eventos futuros, e por isto, não sabemos como prevê-los; então, como é que um homem entenderá o seu caminho? Como ele poderá dizer o que lhe acontecerá, uma vez que os conselhos de Deus, a respeito dele, são secretos? Portanto, como ele poderá, por si só, imaginar o que fazer, sem a orientação divina? Nós entendemos tão pouco o nosso próprio caminho que não sabemos o que é bom para nós, e por isto devemos usar a necessidade como se ela fosse uma virtude, e confiar o nosso caminho ao Senhor (pois o nosso caminho já está em suas mãos), seguir a sua orientação e nos submeter à disposição da sua Providência.
Comentário Bíblico Matthew Henry
Deus controla as nossas ações cumprindo o seu propósito sem tirar a nossa liberdade.
Deus determina quem será exaltado e quem será humilhado (Sl. 75.6,7).
“Não é do Oriente nem do Ocidente nem do deserto que vem a exaltação.
É Deus quem julga: Humilha a um, a outro exalta”.
Deus humilha e exalta as pessoas (1 Sm. 2.7).
“O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta.
Deus humilha os arrogantes (Dn. 4.37).
“Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância”.
“Salvas os que são humildes, mas humilhas os de olhos altivos”.
Salmos 18:27
Deus nos dá filhos (Sl. 127.3).
“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá”.
Deus nos dá talentos e capacidades.
Tudo que temos é dádiva de Deus (1 Co. 4.7).
“Pois, quem torna você diferente de qualquer outra pessoa? O que você tem que não tenha recebido? E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse?”.
Toda habilidade que temos foi Deus que nos deu (Sl. 18.34).
“Ele treina as minhas mãos para a batalha e os meus braços para vergar um arco de bronze”.
Deus influencia os governantes nas suas decisões.
O coração do rei é controlado por Deus (Pv. 21.1).
“O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer”.
O coração do rei foi despertado por Deus para construir o templo de Jerusalém (Ed. 1.1,2).
“No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, a fim de que se cumprisse a palavra do Senhor falada por Jeremias, o Senhor despertou o coração de Ciro, rei da Pérsia, para redigir uma proclamação e divulgá-la em todo o seu reino, nestes termos:
"Assim diz Ciro, rei da Pérsia: "O Senhor, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e designou-me para construir um templo para ele em Jerusalém de Judá”.
A providência divina determinar as decisões dos governantes, principalmente com relação as coisas espirituais.
Deus orienta especialmente os desejos e as inclinações dos cristãos (Fp. 2.13).
“pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele”.
Deus nos influencia a fazer a sua vontade.
“Isso quer dizer que Deus põe em nós o querer, isto é, o desejo de fazer sua vontade.
Ele também efetua em nós o poder para cumprir esse desejo”.
William MacDonald
Deus nos ajuda a fazer a sua vontade.
“O próprio Deus está agindo em nossa vida, e tudo o que Ele faz nela se dá segundo a sua boa vontade (Rm. 8.28). Deus se agrada em fazer o bem a nós, mas Ele só pode abençoar-nos quando há obediência à sua vontade (Jo. 15.10). Nosso maior objetivo deve ser agradar-lhe em tudo o que fizermos. O Senhor supre tanto o desejo como a capacitação para cumprirmos sua vontade. Só precisamos apropriar-nos da providência dele”.
O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Deus nos dá o desejo e a condição de fazer a sua vontade.
“Através de seu Espírito Santo, Deus estaria operando neles, em benefício das tarefas que Ele queria que eles fizessem (1 Co. 12.4-7). O Senhor daria aos filipenses o desejo de obedecê-lo e o poder de fazer o que lhe agrada, para trazer a verdadeira unidade para a igreja. Deus opera nos crentes; os crentes fazem a obra de Deus. Os crentes são cooperadores de Deus”.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal.
“A obra providencial divina de cooperação inclui todos os aspectos da nossa vida. Nossas palavras, nossos passos, nossos movimentos, nosso coração, nossa capacidade – tudo provém do Senhor”.
Wayne Grudem
Deus realiza a sua vontade na humanidade sem tirar a liberdade humana.
“A direção providencial de Deus como “causa primária”, invisível, subjacente, não nos deve fazer negar a realidade das nossas decisões e ações”.
Wayne Grudem
“Dois pontos devem ser observados no estudo da providência. O controle de Deus é garantido e inclui tudo, todavia, Deus não viola a liberdade de criaturas racionais e morais. Pode ser difícil compreender isso, uma vez que não há experiências pessoais que possam comparar à obra providencial de Deus, mas a Escritura ensina claramente esses pontos”.
Enciclopédia da Bíblia
Deus enviou José, mas foram os irmãos de José que o venderam ao Egito (Gn. 45.4-9).
No verso 4 José se revela aos seus irmãos e prova a sua identidade mencionando o ato
dos seus irmãos em relação a ele.
“‘Cheguem mais perto’, disse José a seus irmãos. Quando eles se aproximaram, disse-lhes: ‘Eu sou José, seu irmão, aquele que vocês venderam ao Egito”!
No verso 5 José tranquiliza os seus irmãos mostrando que a ação maligna deles foi providência divina em sua vida.
“Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês.
Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita”.
Waltke e Fredericks comenta o seguinte sobre este versículo:
“Deus direciona o emaranhado da culpa humana para a concretização de seus bons e afinados propósitos”.[17]
No verso 7 José afirma novamente a seus irmãos que Deus o enviou à frente dos seus irmãos para cumprir o seu propósito.
“Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento”.
No verso 8 José declara pela terceira vez que a sua ida para o Egito foi antes de tudo fruto da providência divina em sua vida.
"Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito.
Voltem depressa a meu pai e digam-lhe: Assim diz o seu filho José: Deus me fez senhor de todo o Egito. Vem para cá, não te demores.
Waltke e Fredericks fazem o seguinte comentário:
José ameniza a culpa e opróbrio de seus irmãos convertidos, confrontando seu crime com o quadro mais amplo da soberania de Deus. Visto que o pecado é parte de seu eterno conselho e presciência – mesmo que os seres humanos sejam ainda responsáveis –, não há base para retaliação ou amargura.[18]
Deus pode cumprir os seus propósitos por meio dos males que as pessoas nos causam, e elas serão responsáveis pelos seus atos.
Deus enviou os assírios para punir os israelitas, porém os assírios foram movidos pelo próprio orgulho do coração e foram punidos ao concluírem o propósito divino (Is. 10.5-7,12,15).
O versículo 5 nos mostra a mensagem de juízo divino destinada para os assírios.
“Ai dos assírios, a vara do meu furor, em cujas mãos está o bastão da minha ira!
O versículo 6 expõe a soberania de Deus sobre os assírios.
"Eu os envio contra uma nação ímpia, contra um povo que me enfurece, para saqueá-lo e arrancar-lhe os bens, e para pisoteá-lo como a lama das ruas".
O versículo 7 revela a vontade dos assírios construir um império mundial.
"Mas não é o que eles pretendem, não é o que têm planejado; antes, o seu propósito é destruir e dar fim a muitas nações”.
O versículo 12 apresenta a providência divina sobre o seu povo e a promessa divina de punir o rei da Assíria por causa do seu orgulho.
"Quando o Senhor terminar toda a sua obra contra o monte Sião e contra Jerusalém, ele dirá: “Castigarei o rei da Assíria pelo orgulho obstinado de seu coração e pelo seu olhar arrogante”.
O versículo 15 exibe a soberania divina sobre os assírios por meio de uma pergunta retórica e por uma conclusão lógica.
“Será que o machado se exalta acima daquele que o maneja, ou a serra se vangloria contra aquele que a usa?
Seria como se uma vara manejasse quem a ergue, ou o bastão levantasse quem não é madeira”!
Deus usa as pessoas, mas não é a causa dos pecados que elas comentem, por isso elas
são punidas por Ele, pois são responsáveis pelos seus pecados.
Deus disse a Moisés que iria endurecer o coração de Faraó para não deixar o povo de Israel sair, mas em seguida disse que Faraó não quis deixar o povo ir (Êx. 4.21-23).
“Disse mais o Senhor a Moisés: "Quando você voltar ao Egito, tenha o cuidado de fazer diante do faraó todas as maravilhas que concedi a você o poder de realizar. Mas eu vou endurecer o coração dele, para não deixar o povo ir.
Depois diga ao faraó que assim diz o Senhor: Israel é o meu primeiro filho,
e eu já lhe disse que deixe o meu filho ir para prestar-me culto. Mas você não quis deixá-lo ir; por isso matarei o seu primeiro filho!”
Deus endureceu o coração de Faraó, porém o mesmo se recusava a atender Moisés e Arão (Êx. 9.12).
“Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, e ele se recusou a atender Moisés e Arão, conforme o Senhor tinha dito a Moisés”.
Deus endureceu o coração de Faraó para mostrar o seu poder, porém o mesmo era responsável por seus atos (Êx. 9.16,17).
“Mas eu o mantive de pé exatamente com este propósito: mostrar-lhe o meu poder e fazer que o meu nome seja proclamado em toda a terra.
Contudo você ainda insiste em colocar-se contra o meu povo e não o deixa ir”.
Faraó endureceu o seu coração como o Senhor tinha predito e determinado (Êx. 9.34,35).
“Quando o faraó viu que a chuva, o granizo e os trovões haviam cessado, pecou novamente e obstinou-se em seu coração, ele e os seus conselheiros.
O coração do faraó continuou endurecido, e ele não deixou que os israelitas saíssem, como o Senhor tinha dito por meio de Moisés”.
Deus endureceu o coração de Faraó, todavia Faraó também endureceu o seu coração sendo obstinado.
A Igreja Primitiva em sua oração reconheceu a liberdade humana e a predeterminação divina (At. 4.27,28).
“De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com os povos de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste.
Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse”.
“Os crentes declararam que Deus é o Senhor soberano de todos os acontecimentos; Ele comanda a história para cumprir os seus objetivos. O que a sua vontade determina, o seu poder realiza. Nenhum exército, governo, ou conselho pode impedir a realização da vontade de Deus”.
Comentário Novo Testamento Aplicação Pessoal
Pedro afirmou em sua pregação que Cristo foi morto por uma predeterminação divina, porém culpou os judeus de o matarem na cruz (At. 2.23).
“Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz”.
“Embora a vontade de Deus seja soberana, Ele atua por meio das pessoas e dos eventos na história (At. 4.28). Até mesmo levar Jesus à morte era o cumprimento do plano de Deus. O Determinado conselho de Deus levou à morte de Cristo, mas as pessoas foram culpadas”.
Comentário Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Paulo afirmou que Deus age em todas as coisas para cumprir o seu propósito (Rm. 8.28).
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”.
“Nossa vida não é controlada por forças impessoais como o acaso, a sorte ou destino, mas por um Deus maravilhoso e pessoal, que é “amoroso demais para ser insensível e sábio demais para errar”.[19]
"Providência é o governante poder de Deus que supervisiona a sua criação e realiza os seus planos para isso.
Deus não apenas criou o universo, mas o mantém e o direciona para o cumprimento de seus propósitos. A criação e a providência pertencem juntas como dois lados da mesma moeda. Sem a criação não poderia haver providência, mas a criação dificilmente poderia se sustentar sozinha. O Deus que fez o universo também ordena e governa de acordo com sua vontade.
A Bíblia não revela explicitamente por que Deus criou o mundo, mas sabemos que nada acontece nele além de seu amor e preocupação. Isso não significa que o controle de Deus se opõe à agência da criatura. A teologia cristã geralmente reconhece que Deus criou agentes responsáveis que são livres para agir dentro de suas esferas designadas, uma liberdade que permitiu o mal, na forma de desobediência à vontade de Deus, para fazer a sua aparição na ordem criada.
Os seres humanos muitas vezes questionam a boa providência de Deus diante de desastres naturais - enchentes, terremotos, erupções vulcânicas, e assim por diante. Os cristãos reconheceram que tais eventos são de fato trágicos, mas também fazem parte do bom plano abrangente de Deus para o que ele fez.
A providência também afeta a teologia e a prática cristã, porque a nós são prometidas duas coisas em relação a ela. A primeira é que o mundo não será finalmente destruído, seja por um desastre natural ou por um desastre provocado pelo homem, mas será recriado em glória (Gên 9; Apo 22). A segunda é que tudo o que acontece opera para o bem daqueles que amam a Deus, quer possamos atualmente perceber isso como bom ou não (Rom 8:28). Não temos o privilégio de conhecer os conselhos secretos da vontade de Deus, mas podemos ter certeza de que tudo o que ele fizer redundará no final para o nosso bem, quer entendamos isso agora ou não.
Nestas formas, a doutrina da providência fortalece a garantia cristã de salvação e nos dá a fé e a esperança que precisamos para confiar nele ao longo das nossas vidas. É porque acreditamos nesta providência que podemos encontrar a força para confiar em Deus, mesmo quando as coisas vão mal para nós neste mundo. A vida cristã é uma luta espiritual, mas em Cristo sabemos que temos a vitória sobre isso e que ele nos manterá seguros até o fim”.[20]
Segue algumas frases de Wayne Grudem:
“As Escrituras repetidamente afirmam que realmente fazemos acontecer eventos”.
As Escrituras afirmam insistentemente “que temos de fato escolha, e essas escolhas são reais e nos trazem resultados reais”.
“Deus faz todas as coisas que acontecem, mas ele o faz de maneira tal que de algum modo garante nossa capacidade de tomar decisões voluntárias, responsáveis, decisões que tragam resultados reais e eternos, e pelas quais somos responsáveis”.
“As Escrituras não nos explicam exatamente como Deus combina o seu controle providencial com as nossas decisões voluntárias e significativas. Mas em vez de negar um ou outro aspecto (simplesmente por não conseguirmos explicar como ambos podem ser verdadeiros), devemos aceitar os dois numa tentativa de ser fiéis ao ensinamento de toda a Bíblia”.
“Deus é plenamente responsável pela realização das coisas, e que noutro sentido nós também somos plenamente responsáveis pela realização das coisas (como criaturas)”.
Deus realiza a sua vontade na humanidade por meio da liberdade humana, mas ele não revela como isso acontece, apenas mostra que acontece.
Deus é soberano e o homem é responsável pelos seus atos.
Qual é a relação de Deus e o mal que existe no mundo?
Deus causa atos maus por meio das ações voluntárias humanas para cumprir os seus propósitos, sem ser o culpado pelo mal, sem encontrar prazer no mal e sem tirar a responsabilidade humana.
“... Deus, de fato, provocou acontecimentos maus e fez que se cometesse atos maus. Mas é importante lembrar que em todas as passagens fica bem claro que as Escrituras, em momento nenhum, retratam Deus fazendo diretamente algo mau; retratam, sim, Deus causando atos maus por meio das ações voluntárias das criaturas morais. Além disso, as Escrituras jamais culpam a Deus pelo mal, nem dão a entender que Deus encontra prazer no mal, tampouco desculpam aos homens o mal que cometem. Seja como for que compreendamos a relação da Deus com o mal, jamais devemos chegar ao ponto de não nos julgar responsáveis pelo mal que fazemos, ou de pensar que Deus encontra prazer no mal, ou é culpado dele. Tal conclusão contraria nitidamente as Escrituras”.
Deus é o autor do mal?
Não, porque a Escritura ensina que:
Deus jamais faz o mal e jamais deve ser culpado pelo mal.
Pelas seguintes razões:
Deus não pode ser culpado pelo mal que fazemos (Tg. 1.13,14).
“Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por Deus". Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta”.
Deus não tem prazer no mal e nele o mal não reside (Sl. 5.4).
“Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; contigo o mal não pode habitar”.
Deus não suporta e não tolera o mal (Hc. 1.13).
“Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles”?
Deus não é o autor do mal (Jó 34.12).
“Não se pode nem pensar que Deus faça o mal, que o Todo-poderoso perverta a justiça”.
Deus pode usar o mal para realizar o seu propósito?
Sim, a Escritura nos revela que:
Deus (indiretamente) provocou algum tipo de mal. Porém, o mal não foi realizado por ele, e sim pelos homens ou por demônios que decidiram fazê-lo.
Deus preservou a vida de muitas pessoas por meio da maldade dos irmãos de José (Gn. 50.20).
“Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos”.
Deus realiza um bem maior por meio da maldade que sofremos de terceiros.
Deus se revelou a Jó permitindo diversos sofrimentos em sua vida (Jó 1.12; 2.6,7; 42.1-6).
“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele’. Então Satanás saiu da presença do Senhor”.
“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele’.
Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça”.
“Então Jó respondeu ao Senhor:
‘Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
Tu perguntaste: ‘Quem é esse que obscurece o meu conselho sem conhecimento?’ Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber.
Tu disseste: ‘Agora escute, e eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá’.
Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram.
Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza’”.
Deus revela o seu poder, a sua soberania e sua sabedoria por meio dos sofrimentos que enfrentamos na vida.
Deus livrou e fortaleceu Paulo mantendo o sofrimento em sua vida (2 Co. 12.7-10).
“Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar.
Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim.
Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.
Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte”.
Deus nos livra de um perigo e nos fortalece por meio das adversidades que enfrentamos.
Deus perdoou os nossos pecados entregando o seu Filho para ser morto na cruz (At. 2.23; Rm. 3.25,26; ).
“Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz”.
“Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”.
Romanos 3:25,26
“Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida”!
Romanos 5:10
Deus nos reconciliou consigo por meio da morte que Filho Jesus sofreu.
Deus nos dá a vitória e destrói nossos inimigos endurecendo os seus corações (Js. 11.18-20).
“Josué guerreou contra todos esses reis por muito tempo.
Com exceção dos heveus que viviam em Gibeom, nenhuma cidade fez a paz com os israelitas, que a todas conquistou em combate.
Pois foi o próprio Senhor que endureceu os seus corações para guerrearem contra Israel, para que ele os destruísse totalmente, exterminando-os sem misericórdia, como o Senhor tinha ordenado a Moisés”.
Deus endurece o coração dos nossos inimigos para nos dá a vitória e para puni-los.
Deus usa o mal para castigar o seu povo pelos seus pecados.
Deus pode lançar mão de homens maus para castigar os desobedientes.
Deus enviou os Assírios para punir Israel (Is. 10.5,6).
“Ai dos assírios, a vara do meu furor, em cujas mãos está o bastão da minha ira!
Eu os envio contra uma nação ímpia, contra um povo que me enfurece, para saqueá-lo e arrancar-lhe os bens, e para pisoteá-lo como a lama das ruas”.
Deus pode lançar mão de catástrofes para punir os rebeldes.
Deus traz desgraça a uma cidade (Amós 3.6).
“Quando a trombeta toca na cidade, o povo não treme? Ocorre alguma desgraça na cidade, sem que o SENHOR a tenha mandado”?
Deus aplicou uma série de desastres naturais para levar o seu povo a voltar-se para Ele (Amós 4.6.11).
“Fui eu mesmo quem deu a vocês estômagos vazios em cada cidade e falta de alimentos em todo lugar, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.
"Também fui eu que retive a chuva quando ainda faltavam três meses para a colheita. Mandei chuva a uma cidade, mas não a outra. Uma plantação teve chuva; outra não teve e secou.
Gente de duas ou três cidades ia cambaleando de uma cidade a outra em busca de água, sem matar a sede, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.
"Muitas vezes castiguei os seus jardins e as suas vinhas, castiguei-os com pragas e ferrugem. Gafanhotos devoraram as suas figueiras e as suas oliveiras, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.
"Enviei pragas contra vocês como fiz com o Egito. Matei os seus jovens à espada, deixei que capturassem os seus cavalos. Enchi os seus narizes com o mau cheiro dos mortos em seus acampamentos, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.
"Destruí algumas de suas cidades, como destruí Sodoma e Gomorra. Ficaram como um tição tirado do fogo, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR”.
Deus é o autor da desgraça quando aplica o seu juízo (Is. 45.7).
“Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas”.
"Agora, portanto, diga ao povo de Judá e aos habitantes de Jerusalém: ‘Assim diz o Senhor: Estou preparando uma desgraça e fazendo um plano contra vocês. Por isso, converta-se cada um de seu mau procedimento e corrija a sua conduta e as suas ações’”.
Jeremias 18:11
"Quem poderá falar e fazer acontecer, se o Senhor não o tiver decretado?
Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos?
Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados"?
Lamentações 3:37-39
Deus disciplina o seu povo com sofrimento para levar o mesmo ao arrependimento.
Deus é soberano sobre Satanás e sobre os espíritos malignos.
Deus pode lançar mão de forças demoníacas para disciplinar os desobedientes.
Deus enviou um espírito maligno para atormentar Saul (1 Sm. 16.14-16).
“O Espírito do Senhor se retirou de Saul, e um espírito maligno, vindo da parte do Senhor, o atormentava.
Os funcionários de Saul lhe disseram: ‘Há um espírito maligno mandado por Deus te atormentando.
Que nosso soberano mande estes seus servos procurar um homem que saiba tocar a harpa. Quando o espírito maligno se apoderar de ti, o homem tocará a harpa e tu te sentirás melhor’”.
Antes de Deus enviar esse espírito maligno para atormentar Saul, a Escritura registra que Saul:
1) Abandonou e desobedeceu a Deus (1 Sm. 15.11,19).
2) Foi rebelde e arrogante (1 Sm. 15.23a).
3) Rejeitou a Palavra do Senhor (1 Sm. 15.23b).
A Escritura revela 5 fatos sobre o espírito maligno:
1) Ele foi enviado por Deus (1 Sm. 16.14);
2) Ele foi enviado para atormentar Saul (1 Sm. 16.14);
3) Ele foi identificado pelos funcionários de Saul (1 Sm. 16.15);
4) Ele se apoderava de Saul (1 Sm. 16.16);
5) Ele deixava Saul quando Davi tocava a harpa (1 Sm. 16.23).
“E sempre que o espírito mandado por Deus se apoderava de Saul, Davi apanhava sua harpa e tocava. Então Saul sentia alívio e melhorava, e o espírito maligno o deixava”.
Deus por meio de Satanás incitou Davi a fazer o censo dos judeus para punir o povo pelos seus pecados.
A Escritura nos revela as três influências que desencadeou o censo do povo judeu:
1) Deus incitou Davi a fazer o censo dos judeus (2 Sm. 24.1).
“Mais uma vez, irou-se o Senhor contra Israel. E incitou Davi contra o povo, levando-o a fazer um censo de Israel e de Judá”.
2) Satanás levou Davi a fazer o censo dos judeus (1 Cr. 21.1).
“Satanás levantou-se contra Israel e levou Davi a fazer um recenseamento do povo”.
3) Davi foi o executor do censo dos judeus (1 Cr. 21.8).
“Então Davi disse a Deus: "Pequei gravemente com o que fiz. Agora eu te imploro que perdoes o pecado do teu servo, porque cometi uma grande loucura”!
Wayne Grundem fez o seguinte comentário sobre o censo que Davi fez do povo:
“Nesse incidente a Bíblia nos faz uma notável revelação sobre as três influências que contribuíram de modos diferentes para um só ato: Deus, a fim de cumprir os seus desígnios, agiu por intermédio de Satanás para incitar Davi ao pecado, mas as Escrituras responsabilizam Davi pelo pecado”.
Deus foi o autor, Satanás foi o instrumento e Davi foi o executor do censo para que o propósito divino fosse cumprido.
William MacDonald escreveu:
“Deus permitiu que Satanás tentasse Davi. O Senhor não é o autor do mal, mas o permite e o usa para cumprir seus desígnios”.
Deus não é o autor do mal, porém permite e usa a ação de Satanás para cumprir seus planos.
Comentário Moody comenta sobre (2 Sm. 24.1):
“O autor das Crônicas (1 Cr. 21.1) refere-se à Satanás incitando Davi. Do ponto de vista bíblico, todas as coisas têm sua fonte primária em Deus. Até a ira do homem e Satanás acabam por cumprir os propósitos divinos”.
Deus é a fonte primária de todas as coisas, até sobre as ações de Satanás quando quer realizar um propósito.
Sobre (1 Cr. 21.1) o comentário diz:
“Por causa da antipatia de Satanás contra Israel e, em última análise, contra o Deus (cf. Jó 1.11; 2.5). O registro paralelo (2 Sm. 24.1) penetra mais profundamente na questão e mostra que Satanás não passou de um instrumento de Deus, sendo usado para executar o castigo que Israel merecia por causa dos seus pecados, possivelmente suas revoltas contra Davi, o ungido de Deus, que terminaram só com a morte de Seba antes de 975 a.C.”.
Deus usou Satanás como instrumento para cumprir o seu propósito.
Comentário Bíblico Vida Nova diz:
“Em (1 Cr. 21.1), é mencionado a atividade de Satanás, mas o autor de Samuel está mais interessado em ressaltar o controle de Deus sobre todos os acontecimentos históricos”.
Deus tem o controle sobre as ações de Satanás e de Davi.
O Novo Comentário Bíblico AT diz:
“O comentário e “ele incitou a Davi” indica que as ações de Davi foram orientadas pelo Senhor, enquanto (1 Cr. 21.1) revela que o rei foi dirigido por Satanás. Estes comentários refletem dois aspectos do mesmo incidente.
Satanás instigou o espírito independente que conduziu Davi a numerar o povo, mas Deus permitiu que o diabo exercesse sua influência de forma que o poderoso plano divino pudesse realizar-se”.
Deus permitiu que Satanás incitasse Davi a fazer o censo para realizar o seu propósito.
O mesmo comentário diz o seguinte sobre (1 Cr. 21.1):
“Samuel atribuiu o impulso de Davi a fazer o censo do povo à vontade do próprio Deus (2 Sm. 24.1). A aparente contradição pode ser esclarecida reconhecendo-se que, como Satanás é o autor de todo o mal, ele não poderia exercer suas más intenções sem a permissão de Deus. Logo, o Senhor podia usá-lo na realização dos seus propósitos de julgamento (1 Rs. 22.19) ou de disciplina (como nesta ocasião, com Davi)”.
Deus queria que Davi fizesse o censo, por isso Ele permitiu que Satanás incitasse o mesmo a fazer o censo para realizar o seu propósito de punir ou disciplinar Davi e seu povo.
“A soberania de Deus estende-se também sobre o Diabo, que o Senhor usa muitas vezes para efetuar a sua vontade divina. É uma notável verdade que Deus controla Satanás, às vezes permitindo que ele controle os homens, mas para os propósitos divinos – para os propósitos de Deus: Mais uma vez irou-se o Senhor contra Israel e incitou Davi contra o povo, levando-o a fazer um censo de Israel e Judá. – 2Samuel 24.1
Deus induziu Davi a verificar o número dos habitantes do seu povo, um ato de confiança própria e de orgulho, portanto, pecado. Todavia, o relato paralelo de 1Crônicas 21 indica que de fato foi Satanás que moveu Davi a fazer aquilo. Devemos concluir, então, que Deus moveu Satanás a incitar Davi a pecar”.[21]
O Manual Popular de Dúvidas e Enigmas e Contradições da Bíblia diz:
“Afinal quem foi responsável por instigar Davi a agir assim?
As duas afirmações são verdadeiras. Embora tenha sido Satanás que diretamente incitou Davi, foi Deus que permitiu essa provocação. Embora o propósito de Satanás tenha sido destruir Davi e o povo de Deus, o objetivo de Deus era o de humilhá-los e ensinar-lhes uma valiosa lição espiritual”.
Deus pôs um espírito mentiroso na boca dos profetas de Acabe, pois tinha decretado a sua morte (1 Rs. 22.19-23).
“Micaías prosseguiu: "Ouça a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado em seu trono, com todo o exército dos céus ao seu redor, à sua direita e à sua esquerda.
E o Senhor disse: ‘Quem enganará Acabe para que ataque Ramote-Gileade e morra lá?’ "E um sugeria uma coisa, outro sugeria outra,
até que, finalmente, um espírito colocou-se diante do Senhor e disse: ‘Eu o enganarei’.
" ‘De que maneira?’, perguntou o Senhor. "Ele respondeu: ‘Irei e serei um espírito mentiroso na boca de todos os profetas do rei’. "Disse o Senhor: ‘Você conseguirá enganá-lo; vá e engane-o’.
"E o Senhor pôs um espírito mentiroso na boca destes seus profetas. O Senhor decretou a sua desgraça".
Deus conhece, permite, limita e usa as ações de Satanás para cumprir seus propósitos.
Deus permitiu e limitou a ação de Satanás para confirmar a fidelidade de Jó (Jó 1.12; 2.6,7).
“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele’. Então Satanás saiu da presença do Senhor”.
“O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele’.
Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça”.
Steven Lawson disse:
“Quanto Satanás efetua os seus maldosos ataques aos crentes, sempre o faz sob os auspícios da dominante providência de Deus. Mesmo o Diabo age sob os parâmetros da soberania de Deus”[22]
Apesar de ter podido destruir os bens e os filhos e filhas de Jó, Satanás não pôde ir além dos limites que Deus tinha estabelecido. Deus tanto incitou essa tempestade na vida de Jó como impôs os seus limites, porquanto esse período de extremo sofrimento fazia parte do plano soberano relativo a Jó[23]
Deus permitiu Satanás induzir Judas a trair Jesus para redimir a humanidade por meio da morte do seu Filho no tempo certo (Jo. 13.2).
“Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus”.
Deus soube, permitiu e revelou a ação e o propósito de Satanás com os cristãos de Esmirna (Ap. 2.10).
“Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. Saibam que o diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.
[1] Wayne Gruden – Teologia Sistemática.
[2] Russel Champlin – Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.
[3] Enciclopédia da Bíblia – Editora Cultura Cristã.
[4] Enciclopédia da Bíblia – Editora Cultura Cristã.
[5] Wayne Grudem – Teologia Sistemática.
[6] Wayne Grudem – Teologia Sistemática.
[7] T. H. L. Parker – Enciclopédia Histórica-Teológica da Igreja Cristã. Editora Vida Nova.
[8] Comentário Bíblico Beacon (Pv. 16.1-11).
[9] Waltke, B. K. (2011). Provérbios. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, Vol. 2, p. 42). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[10] Waltke, B. K. (2011). Provérbios. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, Vol. 2, p. 42). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[11] Waltke, B. K. (2011). Provérbios. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, Vol. 2, p. 42). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[12] Bíblia Linguagem Conteporânea – A Mensagem
[13] Waltke, B. K. (2011). Provérbios. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, Vol. 2, p. 50). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[14] Waltke, B. K. (2011). Provérbios. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, Vol. 2, p. 167). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[15] Waltke, B. K. (2011). Provérbios. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, Vol. 2, p. 50–51). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[16] Waltke, B. K. (2011). Provérbios. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, Vol. 2, p. 214). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[17] Waltke, B. K., & Fredericks, C. J. (2010). Gênesis. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (1a edição, p. 701). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[18] Waltke, B. K., & Fredericks, C. J. (2010). Gênesis. (C. A. B. Marra, Org., V. G. Martins, Trad.) (1a edição, p. 702). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[19] William MacDonald, Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento – São Paulo: Mundo Cristão, 2011, pg. 447
[20] Bray, G. (2018). Providência. In B. Ellis, M. Ward, & J. Parks (Orgs.), Sumário de Teologia Lexham. Bellingham, WA: Lexham Press.
[21] Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 164). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
[22] Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 175). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
[23] Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 176). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
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